quinta-feira, 30 de abril de 2009

Fique por Dentro!!!

Saiba a diferença de ansiedade normal e ansiedade patológica!

Você é ansioso? Conhece alguém que tem ansiedade? As pessoas dificilmente admitem que são ansiosas. Mas, fala a verdade: hoje em dia, com a correria que a gente vive, quem não tem ansiedade?
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Segundo o médico psiquiatra Isaac Efraim, a ansiedade é conhecida popularmente como aquela sensação de aflição ou pressa para acabar as coisas o mais rápido possível. Pode gerar um sintoma físico, como taquicardia, sudorese (nas mãos e axilas), tensão muscular (dores na coluna e ombro), transtornos urinários e intestinais, dor de cabeça.
Uma das maneiras de diferenciar a ansiedade generalizada da ansiedade normal é através do tempo de duração dos sintomas. A ansiedade normal se restringe a uma determinada situação, e mesmo que uma situação problemática causadora de ansiedade não mude, a pessoa tende a adaptar-se e tolerar melhor a tensão diminuindo o grau de desconforto com o tempo, ainda que a situação permaneça desfavorável. Assim uma pessoa que permaneça apreensiva, tensa, nervosa por um período superior a seis meses, ainda que tenha um motivo para estar ansiosa, começa a ter critérios para diagnóstico de ansiedade generalizada.

O processo de aceleração do sistema nervoso central gera neurotransmissores de forma exagerada. A noradrelina é o principal neurotransmissor gerado e é responsável pela sensação de medo. Com ela, o corpo se prepara para atacar ou para fugir. Quanto maior ansiedade, maior o tempo biológico: o corpo funciona mais rápido e também envelhece.
O pensamento do ansioso não pára e escapa do controle. É geralmente negativo, ameaçador, fazendo com que a ansiedade se auto-alimente. A vontade é de controlar o que está à volta. Ceder à ansiedade pode gerar neuroses, obsessões, compulsões, manias.
As mulheres são duas vezes mais acometidas pela ansiedade generalizada do que os homens. A prevalência desse transtorno na população é relativamente alta, em torno de 3% da população geral sendo também o tipo de transtorno de ansiedade mais freqüente do grupo dos transtornos de ansiedade.
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Como controlar:
Tudo o que desacelerar o cérebro é bom. O primeiro passo é cuidar da respiração: respirar fundo, lentamente, expirar mais que inspirar. Esvazie o pulmão como se esvazia o cérebro. Ioga e meditação são recomendados.
Em uma crise de ansiedade não se pode acreditar na mente. É que a cabeça engana o tempo todo. Se a pessoa acreditar que não vai dar certo, passa a viver uma vida de tormento, imaginando fatores que vão ameaçar sua realidade. O melhor é aceitar e se conformar com a realidade; deixar acontecer.
Problemas são resolvidos com ação, não com pensamento.
As medicações como os tranqüilizantes, benzodiazepínicos ou a buspiridona são eficazes assim como os antidepressivos. Tratar a ansiedade é essencial para se voltar a ter qualidade de vida.
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A ansiedade crônica desemboca em depressão. É que o corpo primeiro trabalha de forma acelerada, depois acaba se esgotando e sente cansaço, falta de vontade.
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Ansiedade em excesso pode se transformar em síndrome do pânico, que provoca sensação eminente de desmaio, tontura, loucura e morte.
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Mas o que é a Síndrome do Pânico?
Atualmente, é cada vez mais freqüente ouvir a expressão "síndrome de pânico". Mas, o que é a Síndrome do Pânico e quais os sintomas?
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Segundo o psiquiatra Márcio Bernik a Síndrome do Pânico é uma enfermidade que se caracteriza por crises absolutamente inesperadas de medo e desespero. A pessoa tem a impressão de que vai morrer naquele momento de um ataque cardíaco porque o coração dispara, sente falta de ar e tem sudorese abundante.
Quem padece de síndrome do pânico sofre durante as crises e ainda mais nos intervalos entre uma e outra, pois não faz a menor idéia de quando elas ocorrerão novamente, se dali a cinco minutos, cinco dias ou cinco meses. Isso traz tamanha insegurança que a qualidade de vida do paciente fica seriamente comprometida.
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A síndrome do pânico é provocada por um desequilíbrio químico entre neurotransmissores, responsáveis pela comunicação entre os neurônios, que são células do sistema nervoso.
Esse desequilíbrio ocasiona ataques de nervosismo e ansiedade.
A presidente da Associação Nacional de Síndrome de Pânico diz que fatores psicológicos também podem levar às crises, como ser perfeccionista, não se permite errar, ficar tensa, se cobrar muito, etc.
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A síndrome do pânico atinge 3% da população mundial. Somente no Brasil são cerca de 5 milhões de pessoas sendo mais freqüente nas mulheres (o quadro é duas a quatro vezes mais freqüente nelas). Nem sempre o doente é compreendido pela família. Essa doença, no entanto, tem cura e o principal remédio é justamente o apoio dos parentes.
Além de remédios e do apoio da família, os exercícios de relaxamento ajudam muito.
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Existem técnicas de auto-controle que realmente funcionam na hora de uma crise.
A pessoa torna-se capaz de controlar o batimento cardíaco, a pressão arterial, etc.
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O que se sabe hoje é que a técnica de combinar medicamentos e terapia comportamental é mais eficiente. Todavia, os pacientes aceitam melhor o tratamento e melhoram mais depressa se simultaneamente tomarem antidepressivos, medicação que se torna obrigatória para os 60% daqueles que têm depressão associada ao pânico.

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